quinta-feira, maio 22, 2014

pestana rotineira

-Escolhe um desejo!
-Já escolhi.
-Foste rápido!
-Estás aqui.
Não me acusem de sensibilidades que não tenho. Isso dói-me.

quarta-feira, maio 21, 2014

Ar mani.

O nó da gravata
reduzia-lhe o fluxo.
Primeiro de ar.
Depois de ideias.
Seguindo-se os valores.
E perdeu o valor das ideias
e a ideia dos valores.

É uma forca lenta
o nó austero
pendurado no fato.

Morreu,
 rico de vácuo

Fim.

Juros

A culpa é minha,
Não fosse eu ter-vos visto um dia,
admirado no outro e idolatrado por final.

Não precisasse eu de ter dormido contigo,
entregue a minha intimidade em baú aberto,
 luminosa que era...
Não precisasse eu... para saber
que no humos do amor
tu derretes-te em fuligem,
e tudo corróis.
Venérea enfermidade.
Viril, vil, biltre

Metal.

Medromanos

Há-de vir um dedo em riste
Dizer-vos para que nada temeis!

Dizer-vos que todo o vosso medo
da merecida punição
habita na cabeça desse dedo apontante!

Pedir-vos-á joelhoso respeito,
seguimento sofistico,
e que com isso o céu
não desabará…
sobre as vossas consciências!


Agora segui-me… que já vos direi o resto.

teísmo.

Sinto o peso torpe
de me ser claro
a teia que te tolda
considerações tolas
sobre mim.

Teça a teia o que tecer
pesar-me-á sempre
a clareza
com que isso
acontece.

!condição!

Rasga-nos,
Faz dessa greta
Um infinito abismo.

Funde-nos
Faz desta ponte
Um eriçado caminho.

Mas comigo,

Incondicionalmente comigo.